quarta-feira, 28 de julho de 2010

REAGENTES


Estranho como o céu no fim da noite;
Um choro de águas insalubres;
Rios que não fazem mais barulho como a dez anos atrás.

Meu corpo se cansou e foi embora;
Minha alma se perdeu em minhas lembranças;
Na história de um garoto extrovertido que não volta nunca mais.

E a vida vai e vem como uma onda;
Planaltos que acabam em depressões;
Procuro do outro lado da janela os meus sonhos de criança.

No horizonte eu vejo estrelas mortas;
Em busca de um novo universo;
Espelho de uma historia sem começo, na loucura uma esperança.

Procuro um amor;
Procuro uma nova saída.
Procuro palavras estranhas;
Que parecem estar sempre escondidas.

Eu vou pra qualquer lugar;
Que possa curar minhas feridas.
Espero não te encontrar;
Mais perto do fim da minha vida.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Ensaio sobre a Hipocrisia



















Em noites como essa,
um frígido pensamento paira em minha mente confusa,
e me faz refletir sobre como nossa vida é mesquinha.

Preferimos nos disseminar entre a beleza induzida,
faces ocultas por pó,
seios de plástico,
bonecas infláveis ambulantes!

Roupas não mais vestem,
introduzem uma hierarquia disfarçada em grifes.

Vive-se em prol da imagem perante a sociedade.

Cada gesto e cada ação, são friamente calculados.

E tudo não passa de um grande teatro.

Fico me perguntando qual será o meu papel nessa peça...