AS DUAS METADES DA LARANJA

Durante todo o nosso viver;

Várias pessoas cruzam as nossas vidas.

Vários amores transcendem o nosso peito;

Mas apenas um se prende nas entranhas do coração.

E sem saber o caminho de volta, fica lá por toda a eternidade.

É assim,

Que aprendemos a chorar;

E começamos a sofrer;

E começamos a viver.

E é assim,

Que em uma manhã de Sol;

Talvez por um descuido da Natureza;

Descobrimos nos olhos da pessoa amada;

O doce sabor da FELICIDADE.

NÃO É BELO O HORIZONTE?

Quem me dera uma vez, sentir o ar seco dessa terra;

E sem saber se já é primavera;

Mal cheguei e já vou ter que partir...

Na manhã de um Domingo.

Ontem eu chorei, pois lembrei de seus beijos insanos;

De saudade morri em meus sonhos;

Ao saber que não vai mais voltar...

Para encher o meu vazio.

Espero um dia poder estar ao seu lado sem ter quer partir.

Mas olho no fundo o Horizonte e vejo você cada vez mais longe de mim.

A chuva rasgando o céu...

Não é Belo o Horizonte?

O Príncipe Beduíno e a Bailarina do Vento

Anestesiado pela dor do amor que jogara fora, a alma do nobre rapaz apodrece em doses amargas de um Rum barato. Vaga por longas noites, como um errante cavaleiro das sombras, em busca do beijo doce da morte. Quem sabe assim, em sua batalha final, o Príncipe Beduíno possa finalmente obter o perdão de sua amada Bailarina do Vento, e viver feliz,

POR TODA A ETERNIDADE...

O Primeiro Blues

Que caminho é esse que nós escolhemos?

Nunca mais seremos!

Nunca mais seremos os mesmos!

Que roupa preta é essa que você está usando?

Será que ela é de pano?

Será que ela é de pano ou é de papel?

E a maçã vermelha que você mordeu?

Será que era eu?

Ontem era eu, amanhã quem será?

Então lave essa cara amassada e venha me beijar.
Não pense que eu vou ficar sempre a te esperar.

Oh Baby Blue!

APENAS MAIS UMA DOSE DE AMOR

Preciso da droga mais forte;

E quem sabe assim poder esquecer de toda a minha existência.

Preciso de um coma para "resetar" o meu ser.

E recomeçar do zero cada átomo de mim.

As noites ficam mais sombrias em cada dia que se acaba.

A cada dia que me acabo...

Como o vinho suave se metamorfoseando no azedo do vômito.

O que as pessoas esperam de mim?

Eu só tenho a oferecer essa carcaça decrepita,

Estrangulada pela ignorância de alguns.

Preciso de uma dose de amor,

Com duas pedras gélidas de carinho,

E um pouquinho de compreensão.

Não Sei Falar de Amor

Não pense que te esqueci;

Pense apenas que não nos conhecemos.

O seu corpo está quente;

Mas no Inverno faz muito frio.

Ah, sim. O Inverno é muito frio...

E se eu começar a correr;

Será que chego em algum lugar?

E se eu não te encontrar?

Quando você me esquecer;

Subirei em seu altar;

Esperando você chegar.

Sei que as palavras já se perdem muito fácil;

Mas vão te encontrar...

Então eu farei uma canção de amor;

Mas de um jeito diferente.

E quando o mar nascer em seus olhos;

Estarei aqui.

Então eu farei uma canção de amor;

Mas de um jeito nunca visto.

Não falarei das flores, falarei das cores;

Do seu jardim.

Nos Bosques Profundos do Meu Subconsciente

Na solidão desses bosques distantes;

Confuso e perdido;

Está o meu "Eu" interior.

Sussurrando na densa névoa dessa selva de incertezas;

Na espera das respostas que não vem.

E nunca virão!

O primeiro passo;

É o único passo a ser dado.

O acorde triste que ressoa;

Reflete a profundeza dessa alma perdida a refletir.

E na reflexão do desconhecido;

De tudo aquilo que ainda não veio;

O "Eu" perpendiculariza as suas idéias a seus ideais.

E assim segue:

Sem rumo;

Sem direção;

Sem sentido;

Sem sentir mais nada.