quarta-feira, 30 de junho de 2010

Reflexo Lunar

Dizem por aí que a esperança é a ultima que morre;
E a minha nunca morrerá!

Tenho esperança de que um dia ela acorde no meio da noite;
E ao olhar a luz prata de uma lua cheia;
Se lembre de mim.

E aí nada mais impedirá que eu adentre em seu peito;
E roube seu coração todinho pra mim!


Você já olhou a lua hoje?

Por um segundo pensei ter visto seu rosto refletido nela!


quinta-feira, 24 de junho de 2010

O Sonho


"Se algum dia o sonho se realiza-se e eu pudesse te ter de verdade, Imagina como seria bom?

Poder olhar nos teus olhos e tocar os seus cabelos, sentir os seus carinhos e o seu cheiro, não queria que tivesse fim. Ter você perto de mim...


Mas é tão difícil algo assim acontecer, só mesmo Deus para fazer você existir.


Acho que é lindo demais, irreal demais, perfeito demais...

Mas não existe perfeição,

não tem explicação,

é só você...


Você não tem nome...

Somente o que eu fiz para você.

Não tem identidade,

Nem carteira de habilitação... mesmo assim eu te dei um carro.

Ops... carro não, uma maquina, e olha que coragem eu ando nele com você.

Também te dei um emprego,

o melhor que poderia ter,

em uma empresa bem sucedida,

terno e gravata combinam com você.


Te dei um apartamento, coisa de granfino, lindo de morrer.

Escolho as suas roupas, uma mais bonita que a outra, mas só eu posso ver.

Criei sua personalidade, e vou falar um pouco de você:


É humilde, simples, educado, gentil, divertido, simpático, inteligente e extrovertido eu diria até engraçado quando quer ser, fala sério quando é preciso, mais nunca deixa de ser você. Uma pessoa muito especial e muito querida. GENTE de verdade, daquelas que dá gosto de ver...

Seu defeito, talvez seja curtir a vida... desafiar o vento , o mar, as alturas. Gosta de tudo que é bonito e perigoso, gosta de desafios e faz o sonho acontecer.


Tenho muito orgulho de ter feito você.

Tem cheiro de sedução, e seu olhar causa um certo medo... como não desejar você?

Gosto de lembrar sempre, as nossas viagens, são tantas, como esquecer?

Caminhos percorridos nas estradas dos sonhos, aviões de papel, lancha de pvc, hotéis de papelão... o que mais posso dizer? Foi muito divertido, quero sempre repetir, afinal é tão fácil só tenho que dormir.


Quem é você?

Ninguém. E ao mesmo tempo tudo que eu sempre quis ter. Mas que ironia, tão real a fumaça ilusória da mente, que por tanto querer e não poder, se esconde no mundo da fantasia tentando fazer com que as necessidades sejam supridas, mesmo que por alguns minutos. Será possível conseguir viver sem você?


Espere!

Olhos abertos, água no rosto, o dever me chama, é hora de acordar. O chão se abriu, o belo mundo caiu, para a realidade tenho que voltar.

As vezes acontece isso, mas não preciso me lamentar, logo estarei de volta, os meus olhos irão fechar... A mente é grande, a imaginação gigante, nada vai me parar.

E assim vou vivendo, num misto de realidade e sonho, tentando encontrar a felicidade mesmo que momentânea. Até quem sabe? O sonho virar realidade e eu conseguir te ter de verdade, só me resta crer ou continuar sonhando..."


**Escrito por alguém muito especial que ressurgiu do meu passado como um passo de mágica em um leve esbarrão pela madrugada fria.

O que ela fazia por aqui, tão longe de casa? Me perguntei durante toda a noite.

Só mais tarde percebi, apenas tinha que acontecer...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Amor-Temor-Tumor-Terror


De todas as enfermidades que me fizeram cair ao chão,
o amor é de longe a pior e mais cruel delas.

Ele começa como uma simples e discreta queimação no peito,
que se alastra sorrateiramente tão feroz quanto um Câncer.

E assim como um tumor,
o amor nos devora por dentro.

Nos deixa oco, vazio....
Apenas uma carcaça desabitada.

Tira nossos sonos nas noites mais frias.
E nos faz sol em longas tardes de verão.

O amor que nos ensina a viver,
é o mesmo que nos faz desejar a morte.

domingo, 20 de junho de 2010

Portões do Paraíso



Acho que os anjos estão chegando;
Com asas negras de sangue e de dor.
Meus olhos de medo cantando;
Um hino cego da paz e do amor.

Esperam uma nova mentira;
Procuram alguma explicação.
Um rio brotou na montanha;
Compondo uma nova canção.

Dê uma chance ao amor.
Enfrente a vida sem rancor.
Venha a nós um paraíso.
Te ver e tudo que eu preciso.
A liberdade é uma aliança;
De paz, amor e esperança.
Venha a nós e não se esqueça;
Ainda há vida em sua cabeça.

A vida diz que não podemos errar.
Mas e se o erro não é de ninguém?
No fim da noite eu não quero lembrar;
de tantos erros que somos reféns.

Se a chuva ainda não veio;
Os dias não irão se acabar.
Viemos ao mundo à passeio;
Não espere a morte chegar.

Dê uma chance ao amor.
Enfrente a vida sem rancor.
Venha a nós um paraíso.
Te ver e tudo que eu preciso.
A liberdade é uma aliança;
De paz, amor e esperança.
Venha a nós e não se esqueça;
Ainda há vida em sua cabeça.




Letra e Melodia: (Samir Mansur Santos)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Nômade


Qual é o sentido da palavra medo?
Me diga aonde guarda esse segredo!

Que e hora de partir;
Não vou me despedir.

E a chuva cai lá fora;
Sozinho eu vou embora;
Eu vou sair de casa;
Pai, seu filho criou asas.

Que é hora de partir;
Não sei me despedir.

Eu vago pela estrada;
Sem rumo na madrugada;
Procuro uma direção;
Não quero mais andar na contramão.

Que é hora de partir;
Não vou me despedir.

Não estou feliz agora;
É triste ir embora.
Pai, me ajude a enfrentar;
Os riscos dessa estrada.

Que é hora de partir;
Já vou me despedir!



letra e melodia: Samir Mansur Santos

quarta-feira, 16 de junho de 2010

NAS MAIS NOCTURNAS HORAS


Outra noite eu caminhava pelos becos escuros da imensidão do meu quarto vazio;

Foi quando percebi uma leve brisa soprando pela janela;

Parei para ouvi-la por alguns segundos;

Foi quando ela me falou:


"De tempos em tempos, nas mais Nocturnas Horas;

A mais belas das criaturas desce à Terra;

E adentra os sonhos mais íntimos e obscuros dos seres terrenos;

Que repletos de desilusões de uma vida vadia;

Perdem as suas noites enfrentando demônios tão poderosos;

Que nem mesmo os Deuses deram conta de defronta-los.


Mas ela é a mais corajosa das criaturas;

É tão divina e tão bela;

Que adentra nos sonhos mais sombrios;

E transforma tudo em luz, em flores, em cores;

E até o mais temível dos demônios se rende imediatamente aos seus encantos!"


Outra noite;

Nas mais Nocturnas das Horas;

Essa divina criatura apareceu em meus sonhos;

E eu não pude deixar de notar;

O quão ela se parecia com você...

domingo, 13 de junho de 2010

Carta ao meu Subconsciente


Meu caro,

escrevo-te hoje, pois sei que estás inerte,
no fundo poço sem fundo das calamidades que o fizeram assim.

Deitado em posição fetal, no interior desse corpo,
tão distante da cavidade bucal que o separa do mundo exterior.

Por que estás assim?

Não devias nunca entristecer-te com futilidades emotivas de uma vida ainda tão pouco vivida.

Por que lamentas uma perda que não foi sua.
Se tu só ganhaste com tal desfusão.

Se foi escolhido não estás mais entre ti,
pense em tantas outras que ainda não tiveram a chance de escolha.

Se és a melhor alma na face da Terra,
a vida há de reservar apenas coisas boas a ti.

Por fim, quero que saiba que és grandioso para mim,
e não importa os desprazeres oriundos de um futuro que ainda não veio,
tu sempre terás um ombro amigo,
aqui, do lado fora do ser,
que estará sempre disposto a estender a mão
até o fundo sombrio do peito em que resides.

Samaleikon

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Mortalidade Disfarçada


Mergulhado em doses profundas de cachaças,
vodkas,
whiskys,
entre outros destilados...

Eu me degrado.

Morro pouco a pouco,
dose por dose,
litro por litro.

E assim vou armando a minha morte,
disfarçada em pequenos porres que tomo em cada esquina.

E assim eu sigo, ETERNO!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Dias de Chuva


Incrédulo da minha existência material, acordei hoje em mais um dia de chuva.
E a chuva que cai lá fora se parece com as lágrimas daquela criança perdida no supermercado da esquina.

Longe da mãe, que por algum descuido não percebeu que ele se afastava,
está o menino, encolhido entre uma das enormes prateleiras na imensidão de um mundo que ele ainda não soube explorar.

E ele chora um choro macio, calmo, quase silencioso.
Como a chuva que cai la fora.